(uma homenagem aos álbuns perfeitos)
Sou uma fraude. Os mais críticos podem dizer que isso se aplica a vários campos da minha vida. Mas aqui estou me referindo ao campo musical.
Nunca fui um músico competente, apesar dos longos anos de prática. Talvez nunca chegue lá. Só o tempo trará a resposta, embora minha crença já tenha se dado por vencida.
Toquei bateria em banda punk na adolescência. A banda nem nome tinha. Éramos um bando de moleques em Marília, e matávamos aula pra ouvir música e, por vezes, tentar tocar alguma coisa. O melhor que saiu disso tudo foi “Que País É Esse”, da Legião Urbana, e essa nem era assim tão punk…
Depois foi a vez da banda de rock progressivo. Essa tinha nome cafona – Vox Populi – e nunca chegou em lugar nenhum. Dedicamos tempo demais dando nome pra banda e criando nome artístico pros seus integrantes, mas tocar que é bom… E ainda tinha um conflito interno, entre os que queriam se tornar músicos de verdade, e eu, que seguia no espírito punk dos três acordes… Sem falar nas composições próprias, onde o resto da banda queria criar músicas super elaboradas, enquanto eu musicava as letras que escrevia – ah, eles curtiam minhas letras! – em uma nota só!
(não por acaso minha banda preferida é o Pearl Jam, que fez história com Alive, uma música quase que inteira em Lá Maior!)
Depois teve aquelas participações pontuais com meu violão, tocando com o pessoal do trabalho. Repertório pra lá de distinto, incluindo axé e sertanejo, mas foi bom pra me tirar da minha zona de conforto e da minha arrogância, tipo “rock é bom, o resto é b*st*”. Aquele tempo foi bom, como quebra de paradigmas, tipo “abrir a mente ao novo”.
E foi então que o novo surgiu, e comecei a ouvir outras coisas, e gostar de coisas novas. Assim entraram na minha vida bandas mais pop que o que costumava ouvir, incluindo na lista Travis, The Wallflowers e até mesmo ícones como Brian Adams e “The Boss” Bruce Springsteen.
Esta série de textos é minha visão acerca dos álbuns que tenho em minha coleção e que merecem ser ouvidos de ponta a ponta. Se você quer ver seu álbum favorito aqui, manda sugestão nos comentários! Quem sabe é algum álbum que ainda não tenho? Você pode estar me apresentando ao novo, e sou muito grato por isso!
Um grande abraço e… leiam com o som ligado!
Andre L Braga
😊 Muito obrigado!!! 😊
Agradeço ao Altemir Pereira Junior pela sugestão. Foi ele quem me deu a ideia de escrever esta série de textos.
Confesso que aceitei por conta de minha paixão pela música, mas também pelo tamanho do desafio. Falar de música, definitivamente, não é meu território.
Mas, enfim, quantas vezes já não me meti em terrenos que, se parasse para ouvir aos outros, não deveria ter me metido?!?
Junior, um grande abraço!
Andre L Braga
Imagem: Egle_pe em Pixabay.com